Segundo dados da mais recente PNAD Contínua do IBGE, 8,5 milhões de mulheres deixaram a força de trabalho no terceiro trimestre de 2020, em comparação com o ano anterior.
1.Qual a dimensão da mão de obra feminina excluída do mercado de trabalho?
Metade da população feminina está fora do mercado de trabalho no Brasil, o que equivale a uma queda de participação de 14% em relação a 2019 a retomada da economia e da criação de vagas deve chegar mais tarde às mulheres, principalmente às mais pobres e menos qualificadas.
2.A que fatores é possível atribuir essa tendência?
Certamente, ao efeito da pandemia da Covid-19 sobre o emprego, a desigualdade de inserção, maior rotatividade das mulheres no mercado de trabalho e o peso da responsabilidade pelos cuidados domésticos. Antes da crise sanitária, o incremento da força de trabalho foi de 11,2 milhões, sendo que desse total, 7 milhões eram mulheres.
3.As mulheres devem sair com mais lentidão da situação de inatividade, isto é, quando a pessoa não trabalha e nem procura ocupação?
Sim, até porque as vagas que vêm sendo criadas não são suficientes para repor as perdidas no início da pandemia. No ano passado, as mulheres perderam 87,6 mil postos de trabalho.
4.Em qual setor, as mulheres tinham mais perspectivas de emprego?
No setor de serviços, que concentra grande parte da mão de obra feminina. Afetado pelas políticas de distanciamento social, teve perda de mais de 130 mil postos de trabalho. A crise sanitária somada ao fechamento das escolas e creches continuam e isso vem impactando e atrasando a volta das mulheres ao mercado de trabalho.
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