A Economia Compartilhada, também conhecida como consumo colaborativo, nada mais que é do que o compartilhamento de produtos e serviços já existentes nos mercados entre pessoas mediante o pagamento de um preço que, via de regra, é mais baixo do que as transações regulares no mercado de consumo.
1. Como funciona a Economia Compartilhada?
Através do uso da internet, via uma plataforma digital para este fim, as pessoas se encontram para alugar imóveis em viagens ou não, transporte de passageiros são fornecidos, roupas usadas são vendidas ou alugadas, apenas para citar alguns exemplos que ilustram a economia compartilhada.
E vai mais além, pois pequenos fornecedores de produtos e serviços encontram um espaço virtual para se conectaram a uma infinidade de consumidores, o que antes apenas era possível aos fornecedores em grande escala.
2. O que justifica o grande crescimento da Economia Compartilhada?
Se pararmos para pensar na definição de Economia Compartilhada percebemos que a Economia Compartilhada sempre existiu desde que as trocas comerciais passaram a ter início, pois são conceitos muito básicos. Mas o que permitiu essa explosão atual foi justamente tecnologia.
Imagine uma feira livre, onde pequenos fornecedores se reúnem em dias definidos, por algumas horas, e consumidores frequentam o local para comprar produtos ou serviço, isso é o núcleo da Economia Compartilhada.
Mas substitua a feira livre por uma plataforma digital de tecnologia, onde estes mesmos fornecedores (e milhares de outros que “não cabiam” na feira), estejam conectados todos os dias da semana, 24 horas por dia, não apenas com os consumidores que frequentam a feira, mas com milhares de consumidores.
Pois é, a Economia Compartilhada explodiu e não para de crescer, justamente pois a tecnologia assim permite.
3. Não tem com falar em Economia Compartilhada sem pensarmos em sustentabilidade? Vamos falar a respeito?
A partir do momento que se percebe que a Economia Compartilhada permite movimentar a máquina econômica através de riquezas já existentes, sem a necessidade de uma produção industrial em massa, sem poluir o meio ambiente (ou pelo menos sem incrementos poluidores), ficam claros seus efeitos positivos para o meio ambiente.
Sem contar no aumento exponencial de atividades saudáveis aos consumidores, como o compartilhamento de bicicletas, por exemplo, logo, por diversas frentes, podemos extrair os benefícios da economia compartilhada também sob a ótica da sustentabilidade.
4. Qual a relação entre Economia Compartilhada e Código de Defesa do Consumidor?
Em relação ao fornecedor que se conecta à plataforma, e o próprio consumidor não há qualquer controvérsia, existe uma clara relação de consumo, aplicando-se todas as disposições do Código de Defesa do Consumidor.
Nos temos o consumidor que vai adquirir o produto o serviço como destinatário final fático e econômico do bem ou serviço e o fornecedor direto, propriamente dito.
Já em relação às plataformas digitais de economia compartilhada, respeitadas opiniões em contrário, vejo uma aplicação mais limitada do CDC, especialmente no que tange às questões de responsabilidade solidária, na medida em que as plataformas apenas intermediam a aproximação do real fornecedor ao consumidor.