Contra toda a expectativa de crescimento no número de pedidos de recuperação judicial em 2020, eles foram menores do que os registrados em 2019.
1.Qual o índice de queda dos registros de recuperação judicial?
Em plena crise econômica e sanitária, surpreendentemente houve uma queda de 15% nos pedidos de recuperação judicial em 2020, em comparação a 2019. Foram 1.179 empresas que ingressaram na Justiça contra 1.387 em 2019, segundo dados da Serasa Experian.
2.Quais os setores mais atingidos?
Sem dúvida, o setor de serviços, com 589 pedidos de recuperação judicial, puxados pelos segmentos de empresas aéreas, de hotéis e turismo. Mas, mesmo com todas as dificuldades de um ano pandêmico, não houve a explosão de pedidos de recuperação que se esperava.
3.O que ajudou a “amortizar” o número de pedidos de recuperação judicial?
Dois fatores foram fundamentais: a criação de linhas de créditos para as empresas ajudou muitos empreendimentos, principalmente micro, pequenos e médios, a continuar trabalhando apesar das dificuldade impostas pela pandemia e a expectativa em torno da vigência da Lei 14.112/20, que se inicia agora no final de janeiro, e que atualiza a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência da sociedade empresarial, trazendo uma série de mudanças no pagamento do crédito trabalhista, financiamento, homologação do plano de recuperação, além do incremento no uso da mediação e conciliação.
4. E o número de falências, também caiu?
Sim, o total de falências durante o ano da pandemia caiu 31% em comparação a 2019, com o registro de 972 casos em 2020 ante 1.417 em 2019.
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