A despeito das dificuldades trazidas pela pandemia da Covid-19, o Open banking entrou definitivamente na agenda do Banco Central e vai mudar a relação entre bancos e correntistas no cronograma previsto para se iniciar neste ano.
Como podemos definir o sistema de Open banking?
É o compartilhamento da dados, produtos e serviços financeiros por meio de plataformas integradas de instituições financeiras e fintechs. Dessa forma, a vida financeira de um usuário fica reunida em um só lugar.
O compartilhamento de informações beneficiará os clientes?
Sim. No modelo atual , dados e histórico financeiro de determinado cliente está restrito a uma única instituição financeira. Com o Open banking passará a ser compartilhado com outras instituições, que poderão verificar seu histórico e proporcionar a esses usuários melhores condições de financiamento, por exemplo, a um custo mais baixo do que os praticados no mercado.
Como é feita essa integração?
Pela interface de programação de aplicativos que interagem entre diferentes sistemas chamados Application Programming Interface (APIs). A plataforma tecnológica mais amigável ao consumidor será um dos atributos que fará a diferença entre os concorrentes.
O Open banking vai aumentar a concorrência?
Sem dúvida, segundo o Banco Central os cinco maiores bancos do Brasil são responsáveis por 80% das operações de crédito do país, o novo sistema trará uma democratização ampla, inclusive de taxas.
Com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, o sistema dependerá do consentimento do consumidor?
Sim, sem dúvida, porque envolve dados pessoais, muitos deles sensíveis. O usuário poderá escolher quais informações quer compartilhar e com que instituições financeiras. Isso abre uma avenida de oportunidades para os dois lados.
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