Ameaçada de morte em Uganda pelo ativismo contra a mutilação genital de mulheres, Price chegou ao Brasil em 2013.
No começo deste ano, foi contratada pelo escritório Lee, Brock, Camargo Advogados (LBCA) no âmbito do programa de diversidade racial da banca jurídica.
“No escritório (LBCA) me sinto prestigiada. Estou aprendendo muitas coisas na prática sobre direito do consumidor. A teoria que aprendemos na academia não é suficiente. Aqui vejo como a vida anda”, diz Price.
A contratação da ugandense faz parte de uma estratégia de eliminar requisitos elitistas de formação para contratar profissionais, deixando de lado também a tradicional cota numérica, em um novo método que está em implementação por grandes escritórios para aumentar a diversidade racial em seus quadros.
Exigências como ter estudado em faculdades consideradas de primeira linha, como USP, PUC, Mackenzie e FGV, e ter fluência em inglês foram abolidas como critérios eliminatórios e abriram caminho para reverter situações de até
completa ausência de negros nas bancas jurídicas.
Esses programas de diversidade, porém, ainda não permitiram a chegada dos negros ao grupo dos sócios das cúpulas das bancas jurídicas. Algumas das firmas que implantaram a estratégia antielitista fazem parte do grupo intitulado Aliança Jurídica pela Equidade Racial, composto por dez grandes escritórios que desde o fim de 2017 realizam atividades para promover a inclusão racial internamente.
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