Depois da experiência da Covid-19, as empresas ampliaram a preocupação com doenças contagiosas e a adoção de medidas preventivas. É o caso do vírus da Monkeypox, popularmente conhecida como “varíola dos macacos”, descoberta em 1958 ,detectada em humanos em 1970 e em 2003, diagnosticada fora do continente africano, onde surgiu.
Na busca de nomenclatura não discriminatória aos animais, a OMS concordou em renomear as variantes deste vírus, sendo que esse processo está em curso.
1. Quais são as posições da OMS ?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto do Monkeypox como sendo uma questão de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), com casos notificados em mais de 92 países, inclusive o Brasil. O risco é considerado moderado na maioria das regiões do mundo, com mais de 35 mil diagnósticos registrados.
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2. Como o Brasil está enquadrado diante do vírus?
A OMS dividiu os países em quatro grupos e o Brasil ocupa o grupo 2, pelo qual há casos recentes importados de Monkeypox na população humana, sendo transmitida de humano para humano. No universo corporativo, os grupos mais vulneráveis são os imunossuprimidos e mulheres grávidas.
Até o final de agosto, o Ministério da Saúde registrou mais de 10 mil notificações de casos, sendo o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial, sendo superado apenas pelos Estados Unidos e Espanha.
3. Como o Brasil está tratando a doença?
O Ministério da Saúde não seguiu a OMS e ainda não reconheceu Emergência de Saúde Pública, mas institui um comitê técnico-operacional para analisar a progressão da doença e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação de medicamentos e vacinas e divulgou a Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 03/2022.
A vacina contra a varíola (considerada erradicada) tem eficácia de 85% contra a Monkeypox, mas há baixos estoques no mundo. O Brasil , que nunca produziu vacina contra a varíola ,está recebendo imunizante para a prevenção contrao vírus e inicia o desenvolvimento da vacina na Universidade Federal de Minas Gerais.
4. Como a empresa deve proceder?
As empresas devem garantir a saúde, bem-estar e segurança de seus colaboradores no ambiente laboral , com base em normas legais e orientações das autoridades sanitárias.
Nesse sentido, o ideal é promover um trabalho de conscientização junto aos colaboradores sobre o vírus, explicando que a transmissão ocorre por meio de contato direto pela pele, sangue, fluídos corporais, secreções, erupções cutâneas, contato sexual, entre outros, com a pessoa infectada.
A incubação acontece de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias. Os sintomas são caracterizados por febre, inchaço dos gânglios linfáticos, erupção cutânea em vários locais do corpo, que dura de 2 a 4 semanas.
A empresa pode ampliar a higienização dos ambientes , já adotada durante a Covid-19,para evitar possível contaminação, mantendo as instalação mais seguras para seus empregados, e sugerir higienização das mãos com água a sabão e evitar beijos e abraços como precauções. Em casos de suspeita, encaminhar o profissional para testagem laboratorial.