As notificações de sinistros cibernéticos na Europa cresceram cerca de 83%, segundo corretoras de seguros e consultorias de riscos. No Brasil, o mercado começa a se abrir.
Esses dados envolvem o período da pandemia de Covid-19?
Não, esses dados saíram recentemente, mas são relativos ao ano passado. No mercado securitário da Europa, o seguro para sinistros cibernéticos é mais comum que no Brasil. Segundo a European Insurance and Occupational Pensions Authority apresentam um crescimento de 72%, principalmente com a entrada em vigor da GDPR(Regulação Geral de Proteção de Dados) da União Europeia.
Quais os tipos de coberturas mais comuns?
Danos à reputação de terceiros, cobertura de custos sobre notificação de incidente de segurança envolvendo dados pessoais, custos com defesa civil e criminal etc. O seguro serve para mitigar o impacto das ameaças e riscos do mundo virtual e as apólices estabelecem tipos diversos de danos.
Durante a pandemia cresceram os sinistros cibernéticos?
Sim, principalmente com o aumento do trabalho remoto, que passou a ser utilizado por 43% das empresas brasileiras, além do aumento do tráfego de dados e informações sigilosas das empresas. Possivelmente, com a vigência da Lei Geral de proteção de Dados no Brasil , a demanda por este tipo de seguro deve crescer muito mais.
Qual foi o tipo de ataque mais comum no estudo europeu?
Segundo o levantamento, 67% dos sinistros cibernéticos resultaram de ataques maliciosos de ransomware, que impedem acesso a arquivos e sistemas, podendo levar a períodos de interrupção do negócio.
Quais os setores mais impactados?
Foram as instituições financeiras (21%), corporações (11%) e empresas de comunicação e tecnologia (9%), entre outras.
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