Após adiamento, o Banco Central iniciou a nova fase do Open Banking, implantando o sistema de transferências instantâneas do Pix entre diferentes instituições financeiras e empresas do mercado.
1. Qual é a novidade nessa nova fase Open Banking?
Será o Iniciador de Transação de Pagamento (Payment Initiation Service Provide), que estabelece conexão entre a conta pagadora (cliente) e a recebedora (fornecedor), dependendo apenas do consentimento do titular dos dados para realizar pagamentos pelo Pix, sem precisar de intermediários, caso dos cartões de crédito. Essa mudança pode ajudar a reduzir a taxa de abandono de carrinho em compras on-line, que é de 82%, porque o comprador se cansa dos muitos requisitos que precisa cumprir.
2.Qual a funcionalidade?
Para pagar via Pix, o usuário precisava da chave, código ou QRCode, além de sair do app para acessar sua conta bancária. Agora faz o pagamento no aplicativo do delivery, loja virtual ou redes sociais, sendo automaticamente direcionado para a instituição bancária para efetuar a transação. As etapas serão reduzidas de 7 para 3.
3. E como fica a segurança?
O iniciador somente facilita o processo porque a autenticação do pagamento continua sendo da instituição financeira onde o usuário tem conta. Todas as informações compartilhadas estão dentro de um processo criptografado. A grande vantagem é permitir o pagamento de contas e transações fora do ambiente bancário. O Banco Central assegura que o compartilhamento tem a mesma segurança do Pix, que reúne números impressionantes em transferência de recursos e pagamentos. Já atingiu mais de 250 milhões de chaves cadastradas no primeiro semestre deste ano e já movimentou mais de R$ 1,6 trilhão.
4. Que balanço o BC faz do Open Banking até aqui?
Só o fato de o Brasil sediar a maior iniciativa de Open Banking do mundo, já é por si só positiva e tem se superado continuamente. O sistema terá impacto de longo prazo sobre os clientes do sistema financeiro e deve mudar totalmente a experiência no país quanto ao compartilhamento padronizado de dados, produtos e demais serviços financeiros, devendo reduzir burocracias e evoluir ainda mais.
5. Como será a fase 4 do Open Banking?
Estipulado para ser implantado por faseamento, o Open Banking na fase 4 permitirá produtos e serviços relacionados a operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência complementar aberta. Pagamentos com TED estão previstos para fevereiro de 2022 e pagamentos de boletos e pagamento com débito em conta em junho do ano que vem.